A Polícia Civil de Soledade divulgou informações sobre o homicídio que vitimou o taxista William Chaves Godoes, de 35 anos, encontrado morto no final da tarde de quarta-feira, 6 de novembro. O veículo de William foi localizado abandonado em uma pedreira no bairro Botucaraí, com marcas de sangue e uma perfuração de bala no banco do motorista. Mais tarde, após buscas no trajeto percorrido pelo veículo, o corpo do taxista foi encontrado em um rio às margens de uma estrada rural.
O delegado Marcelo Gasparetto informou que o veículo foi rastreado pelo GPS, que revelou o percurso feito por William antes de ser deixado no local. O motorista partiu de Soledade com destino a Espumoso, mas desviou pela linha Curuçu e seguiu pela estrada de Barros Cassal, onde o carro foi posteriormente abandonado. “A partir do GPS, pudemos refazer o trajeto, e com isso, localizamos o corpo em um rio distante do ponto onde o veículo foi encontrado”, relatou o delegado.
Segundo o proprietário da frota de táxis para a qual William trabalhava, o motorista teria sido chamado para uma corrida até Espumoso por um passageiro conhecido. Essa relação fortalece a hipótese de homicídio, conforme a investigação, que descarta inicialmente a possibilidade de latrocínio. “O histórico da vítima e o fato de que conhecia o passageiro nos levam a trabalhar com a linha de homicídio”, explicou Gasparetto.
O delegado também revelou que a vítima possuía antecedentes criminais por porte ilegal de arma em 2022, um detalhe que pode estar relacionado ao caso. O celular do taxista não foi encontrado no local, e as autoridades acreditam que o dispositivo tenha sido levado pelo passageiro, uma vez que poderia conter provas.
As evidências indicam que o agressor estava no banco traseiro do táxi e disparou contra o motorista à queima-roupa. “A posição do disparo, que atingiu a lateral direita da cabeça da vítima, sugere que o criminoso estava na diagonal, no banco de trás”, afirmou Gasparetto.
A Polícia Civil agora concentra esforços na análise de imagens de câmeras de segurança para identificar o passageiro. Além disso, foi solicitada perícia papiloscópica para verificar impressões digitais no veículo. “Seguimos empenhados em esclarecer todos os aspectos deste caso e contamos com a ajuda da comunidade para informações que possam colaborar com a investigação”, concluiu o delegado.