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Aumento de violência doméstica e casos de pedofilia preocupam autoridades em Soledade

Na manhã desta quarta-feira, 26 de junho, o delegado Marcelo Gasparetto, durante entrevista na Tua Rádio Cristal, trouxe à tona preocupações crescentes em Soledade: o aumento nos casos de violência doméstica e as questões relacionadas à pedofilia.

Gasparetto destacou a persistente ocorrência de violência doméstica na cidade, mencionando um caso recente em que um homem de 24 anos agrediu sua companheira. “Toda semana temos prisões por violência doméstica no município. É extremamente corriqueira a aplicação da Lei Maria da Penha aqui”, afirmou. Ele enfatizou que a maioria dos casos de agressão são reincidentes, muitas vezes sob a influência de álcool ou drogas. O delegado ressaltou que “essas situações de violência doméstica não são ímpares. É sempre mais de uma vez que ocorre”.

Um incidente específico desta semana ilustra a gravidade da situação. A vítima, uma jovem mulher, utilizou um código pré-estabelecido para avisar sua família do perigo, enviando uma mensagem com uma figurinha previamente combinada. Ao receber o sinal, sua irmã imediatamente acionou a Brigada Militar, que chegou a tempo de flagrar o agressor no local. “A vítima, quando percebeu a aproximação dos policiais, pulou a janela e foi de encontro aos policiais para buscar socorro”, detalhou Gasparetto.

Gasparetto destacou a importância das medidas protetivas e do afastamento do agressor como formas de prevenção de novos incidentes. “A nossa recomendação é sempre que ocorra algo desse fato, comunique às autoridades policiais e busque a maior distância possível dos autores, não procure-os, porque isso acaba facilitando para eles cometerem novos crimes”.

Além da violência doméstica, Gasparetto abordou a questão da pedofilia, diferenciando entre o armazenamento e comercialização de material ilícito e a prática de atos sexuais contra vulneráveis. Ele mencionou um caso recente em Soledade onde uma criança foi coagida a enviar fotos e vídeos para um criminoso através de um jogo online. “Este ato se enquadra em estupro de vulnerável. O indivíduo está praticando um ato libidinoso contra uma pessoa vulnerável”, explicou.

O caso em questão envolveu uma criança que, ao fazer amizade em um jogo online, foi instruída a instalar um aplicativo de mensagens anônimo. Em troca de créditos para o jogo, a criança enviava fotos e vídeos para o criminoso. “Os criminosos se valem da condição de vulnerabilidade das crianças para explorá-las”, destacou Gasparetto. Ele explicou que o crime de pedofilia, nesse contexto, envolve o armazenamento e comercialização do material recebido.

Gasparetto reforçou a necessidade de conscientização e vigilância constante por parte dos pais e responsáveis para proteger as crianças de tais perigos. Ele também enfatizou a importância das denúncias e do apoio às vítimas de violência doméstica. “Nós temos uma estrutura preparada para atender essas mulheres, com salas reservadas e um acolhimento especial”, afirmou.

A Polícia Civil de Soledade permanece à disposição para prestar apoio e orientações necessárias à comunidade, reforçando a importância da denúncia e do rompimento do ciclo de violência, que pode ser feito através do WhatsApp: (54) 98407-9964.