Prevenção ao suicídio, valorização à vida. Estes são alguns dos focos que estão sendo trabalhados, do município de Soledade, neste mês em que se lembra o Setembro Amarelo.
Com isso, atividades de educação e prevenção nos diversos ambulatórios localizados nos bairros da cidade, estão sendo desenvolvidas.
“Nos últimos dias estivemos em contato com o pessoal do bairro das Fontes, quando no momento fizemos uma roda de conversa com os participantes, onde cada um expôs sobre a importância da vida, de se estar atento à Saúde Mental, pois temos zelo ao nosso corpo, a nossa alimentação e tudo mais, contudo esta última, por muitas vezes passa despercebida”, ressalta a Psicóloga Coordenadora da UBS Farrapos em Soledade, Stefani Pinheiro.
A psicóloga comenta que não há uma contabilização exata quanto a casos referentes a suicídio em Soledade, contudo a equipe responsável tem prestado o devido atendimento. “Infelizmente não podemos falar em números, mas podemos aqui destacar os vários atendimentos de pessoas pós tentativa. Toda semana temos casos chegando. Por isso, nosso recado é para que as famílias e pessoas próximas estejam atentas aos sinais e sintomas”.
Stéfani destaca que a incidência maior quanto a tentativas de suicídio está em jovens, mas que acomete tanto mulheres como homens.
Conforme a coordenadora da UBS Farrapos, os fatores de risco quanto a tentativa de suicídio, estão relacionados a problemas, a frustrações vivenciados. “Quando a pessoa não encontra a solução de seus problemas, quando a frustração bate, ou quando a pessoa já tem um quadro depressivo e de comprometimento de sua saúde mental, a saída que ela encontra é a de tirar sua própria vida”.
“Aqui deixo o alerta às famílias, às pessoas próximas para que estejam atentos aos possíveis casos. Nosso ambulatório, bem como a nossa equipe está à disposição para acolher a todos que estão passando por estas dificuldades”, finaliza a psicóloga coordenadora do ambulatório de Saúde Mental do município de Soledade, Stéfani.
COMO SURGIU O SETEMBRO AMARELO
Em setembro de 1994, nos Estados Unidos, o jovem de 17 anos Mike Emme cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo e, no dia do seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que pudessem estar enfrentando problemas emocionais.
A ideia acabou desencadeando um movimento de prevenção ao suicídio e até hoje o símbolo da campanha é uma fita amarela.