A diretoria do Hospital de Caridade Frei Clemente convocou uma reunião com os membros do Grande Conselho nesta quarta-feira, 17/08, para tratar sobre assuntos atinentes ao funcionamento da casa de saúde soledadense.
Em um primeiro momento, foi escolhido por aclamação o vice-coordenador do Grande Conselho do Hospital Frei Clemente, Luiz Carlos Piccoli. Douglas Dall Cortivo já havia sido escolhido como coordenador do Grande Conselho e segue no cargo.
Logo após, a reunião tratou sobre o piso da enfermagem que já está em vigor desde o dia 5 de agosto. No Frei Clemente, segundo o administrador Adairto Forti, o valor acrescentado na folha salarial com o pagamento do piso é de cerca de R$ 225 mil por mês, 40% da folha de pagamento.
A preocupação do hospital também é que haverá diminuição no número dos funcionários para fechamento de contas e que isso poderá influenciar nos atendimentos da casa de saúde. Conforme o presidente Beto Rocha, cerca de 40 profissionais que trabalhavam na UTI Covid, após o encerramento da unidade de tratamento intensivo.
“Não existe milagre, no momento que tu estabelece um serviço, tu precisa de dinheiro, não tem como fazer diferente, nem sem dinheiro”, contou Adairto.
Logo após foi apresentado pela administração da casa hospitalar de Soledade um balanço dos recursos em cada setor. Entre receitas e despesas, foram apresentados os números dos últimos sete meses no Hospital Frei Clemente.
Em 7 meses, o Pronto Atendimento gerou um prejuízo de R$ 531 mil. O Centro de Diagnóstico, por sua vez, em sete meses, gerou lucro de R$ 250 mil. A hemodiálise no mesmo período o lucro foi de R$ 13 mil. Na parte da saúde mental o prejuízo foi de R$ 110 mil.
Já na UTI foi apresentado o maior prejuízo. Foram recebidos R$ 340 mil e gastos mais de R$ 2 milhões. O prejuízo total foi de R$ 1.927.102,66. Nas internações, centro obstétrico e bloco cirúrgico o prejuízo foi de R$ 28 mil.
Com esses números negativos, o hospital fechou esses primeiros sete meses de 2022 com R$ 523 mil de prejuízo.
Adairto ressaltou ainda que mais de 80% dos atendimentos no Pronto Atendimento do Hospital Frei Clemente não deveriam passar pela casa de saúde, visto que não são de urgência e emergência.
Forti enfatizou que os municípios da região também serão convocados para uma grande reunião a fim de tratar sobre débitos que muitos municípios têm com a casa de saúde de Soledade, podendo inclusive ser cancelado o atendimento desses municípios caso não sejam pagas as dívidas.
Por fim, foi debatido a situação do prédio na esquina do Hospital Frei Clemente, onde por muito tempo funcionou o ambulatório Covid.
Uma empresa está fechando um convênio com o Hospital Frei Clemente para a utilização do espaço em um Centro de Diagnóstico com equipamentos de ressonância. O ESF Centro que funcionava no local já voltou para a sede da Secretaria da Saúde de Soledade.
O Grande Conselho aprovou por unanimidade a formulação deste contrato com a empresa para utilização daquele espaço.
Com informações da Tua Rádio Cristal
