Com muita dedicação, criatividade e talento, professores da Rede Estadual de Ensino promovem atividades curriculares e oferecem recursos pedagógicos inovadores para os mais de 800 mil alunos que estão sem aulas presencias para evitar a disseminação do coronavírus.
Os professores realizam as tarefas pelo teletrabalho, organizando as Aulas Programadas por plataformas digitais, e ainda levam pessoalmente os materiais didáticos nas zonas rurais, se necessário. Além disso, realizam as formações continuadas por meio de um curso on-line no portal da Secretaria da Educação.
São planilhas, textos, organogramas, aplicativos, fotos, vídeos, plataformas digitais das mais variadas, desenhos, produções e didáticas totalmente interativas. Recursos que servem tanto para reter a atenção e o interesse do aluno como para desempenhar atividades e aperfeiçoar os conhecimentos embasados no Referencial Curricular Gaúcho do Ensino Fundamental e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio.
O diretor do Departamento de Educação da Seduc, Roberval Furtado, destaca a importância de os educadores manterem em dia as capacitações para que as mudanças curriculares previstas sejam implementadas no retorno das aulas presenciais. “É um momento fundamental, que dá oportunidade ao professor de se atualizar sobre os assuntos pertinentes. Preparamos o Módulo I do Curso de Formação Continuada da Escola Gaúcha com o tema Currículo. Este é o início das discussões sobre a política de educação da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul e as discussões preliminares sobre as questões curriculares na Rede”, explica.
Trabalho dos professores
A professora Jambri Charlise de Lima, da Escola Nestor de Moura Jardim, do município de Guaíba, na 12º Coordenadoria Regional de Educação (CRE), é um exemplo de dedicação e engajamento na continuidade dos trabalhos durante a suspensão das aulas presenciais da Rede. “Estamos todos conectados, direção, supervisão, professores e alunos, para que tudo ocorra da melhor maneira possível durante este período. Eu, particularmente, estou ministrando as minhas aulas e passando as atividades de forma on-line. Estou tendo um retorno muito bom e a utilização das tecnologias, por parte dos estudantes, tem sido diária”, conta.
Os alunos da Escola Nossa Senhora da Esperança, de Santa Cruz do Sul, na 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), seguem a vida escolar fazendo as atividades à distância, porque muitos não têm acesso à internet e computadores.
A supervisora e coordenadora pedagógica da instituição de ensino, Andréia Dall’ Aqua Gomes, diz que já disponibilizou fisicamente todos os conteúdos a serem estudados pelos alunos na semana passada. “Inicialmente, nós liberamos o acesso aos computadores da escola, já que se trata de uma comunidade em vulnerabilidade social. Agora, com o fechamento total do estabelecimento, não há mais como. Entretanto, todos os conteúdos já foram distribuídos aos estudantes e combinamos que os exercícios serão entregues no dia 3 de abril, no retorno das aulas presenciais”, destaca.
Formação Continuada
Durante o período de interrupção das aulas presenciais, os professores estão recebendo materiais de estudo de formação continuada e participando de um curso para discussões e elaboração do Currículo Referência da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul. Atualmente, mais de 14 mil professores participam das atividades, via Portal da Secretaria da Educação.
É o caso da professora Luíza Venquiaruti Escarrone. Ela, que leciona Língua Portuguesa e Literatura no Instituto Estadual Ernesto Alves, no município de Rio Pardo, na região da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), está fazendo três cursos de formação continuada ao mesmo tempo. “Achei ótima a ideia da Seduc de oferecer esta plataforma digital de capacitação durante o período de suspensão das aulas presenciais. Acredito que, como eu, muitos educadores descobriram esta ferramenta de forma recente, tendo em vista que na correria do dia a dia nem sempre percebemos”, afirma.
Sobre o planejamento das Aulas Programadas em sua instituição de ensino, a tecnologia tem sido uma aliada fundamental: “Criamos um grupo de WhatsApp, onde professores e alunos colocam os trabalhos em formato de word ou PDF, separados por turma, turno e série. Está sendo ótima a iniciativa e nossas atividades não pararam”, diz.