* Por Ana Carolina Pinheiro da Silva
Introdução
Trazer esse assunto é uma maneira de demostrar que a cada ano precisamos evoluir na aprendizagem de crianças diagnosticadas com Transtorno Espectro Autista, no ambiente escolar e no nosso dia á dia.
Muitas vezes o professor é a chave mestre para colaborar com o diagnóstico das crianças com Transtorno do Espectro Autista. Famílias se sentem incomodadas, ignoram o que lhes falam, mas o papel do professor é alertar os familiares, assim poderão seguir com um tratamento adequado, embora não haja cura, quanto mais cedo o diagnóstico maiores as chances de evolução da criança, tanto na convivência familiar, como na educação e consequentemente na vida social da criança. A ONG AUTISMO E REALIDADE desenvolveu uma série de orientações para os familiares, como cuidadoras e educadoras, de como lidar com as dificuldades das pessoas com autismo.
Precisamos conhecer suas individualidades, dificuldades e saber explorar a fala, utilizando recursos e comunicação adequadas. Precisamos saber envolver o coletivo promovendo sempre a inclusão em aula e no ambiente escolar, mas precisamos também ter limite com o contato excessivo de estímulos sensoriais.
No Brasil a partir de 2019, foi sancionada a lei 13-861/2019 que inclui os dados específicos sobre o autismo no censo do IBGE. Ela orienta a inclusão da criança TEA nos censos democráticos.
Tendo como objetivo mostrar para as pessoas que o autismo é um problema no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções, ISSO DIANTE DE ESTUDOS! Mas diante de nós, futuras pedagogas, podemos ver que o autismo é uma forma de mostrarmos que nossas crianças veem ao mundo ainda mais especiais, mostrando que somos mães guerreiras, professoras capacitadas, capazes de mudar o mundo para proteger e fazer a diferença por quem tanto amamos. Sim! AMAMOS, professoras tem que mostrar amor, carinho, afeto, igualdade e respeito para serem capazes de estar a frente de uma sala de aula.
O que é o autismo?
Autismo é uma forma de disfunção neurobiológica onde a criança já nasce com as características, muitas vezes podendo descobrir sintomas com apenas 6 meses de vida.
Sintomas que podem demonstrar em casa:
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Ao mamar a criança não olhar nos olhos.
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Não demonstra atenção para as pessoas ao seu redor quando chamam até mesmo para brincar.
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Falta de comunicação ao longo dos anos.
Sintomas que podem apresentar na escola:
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Atraso na fala.
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Dificuldade de manter uma conversa.
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Falta de contato visual.
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Isolamento.
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Oposição ao ser chamado atenção.
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Desconforto ao ouvir música ou diálogo com som alto.
Como ajudar no processo de aceitação do TEA?
Para muitas famílias o TEA é um desafio, alguns se perguntam:
“Eu sou capaz?
“Por que na minha família?”
“Eu vou conseguir?”
E sim somos capazes! Mesmo sentindo insegurança quanto a evolução, ou como irá lidar com os desafios do dia a dia, ser escolhida para ser mãe/pai de uma criança especial é única, trazendo motivos para se tornar uma pessoa mais madura, demonstrando como é amar e ser amado todos os dias.
Entender e aceitar que seu filho(a) faz parte da família TEA é um momento delicado para qualquer família, mas no mundo em que vivemos, existem várias formas de ajudar a criança e até mesmo a família. Hoje em dia uma Psicóloga pode se tornar sua melhor amiga, até levar a aceitação do diagnóstico. Temos que entender que cada família lida de uma forma diferente, por isso é comum que passem por muitas emoções. Não podemos descartar famílias que não aceitam o diagnostico, muitas famílias dizem “é só um atraso” ou “vocês estão errados”, não é fácil ouvir isso de ninguém, mas é importante compreender que não é impossível ajudá-lo(a), uma das suas redes de apoio pode ser a Psicoeducação seguindo as instruções do Dr. Elder, é importante dialogar com profissionais da área, tentar entender como podem auxiliar na evolução da criança.
“A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças, e não com igualdades”. Paulo Freire.
“Conviver com as diferenças é fundamental para que possamos conhecer novos mundos e, consequentemente adquirir novos conhecimentos”. Paulo Freire.
Desafios que a família e a escola podem enfrentar
A família:
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Julgamentos.
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Exclusão social.
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Cobranças.
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Problemas como depressão, ansiedade ou algum tipo de fobia.
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Dificuldades para adaptação.
A escola:
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Dificuldade na comunicação e interação.
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Dificuldade ao reconhecer ou expressar algum tipo de emoção.
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Dificuldade ao fazer alguma atividade, muitas vezes se negam a fazer.
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Falta de formação dos profissionais.
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Alguns podem ter dificuldades ao ouvir som alto, choro ou até mesmo com gritos.
Como podemos enfrentar?
Criar um ambiente que ele se adapte, criando rodas de conversas, ter muitas vezes uma pessoa especializada para apoia-lo, demonstrar respeito, carinho, afeto, dar tempo ao tempo até que ele(a) queira interagir, pois forçá-lo não o levara á nada, é necessário que os pais e a educadora tenham um diálogo frequente quanto ao desenvolvimento.
Conclusão
Diante da importância do tema, é visível a necessidade de conscientização do que realmente é o autismo, o que traz na bagagem não só na família, mas na escola e sociedade como um todo. Visando que ainda percebemos as várias formas e dificuldades de uma real inclusão, para assim, o aprendizado acontecer. Abordar esse tema é se conscientizar que o autismo é um assunto importante, demonstrando a importância de combater o preconceito, conscientizando a inclusão na sociedade e na educação, promovendo uma igualdade para todos.
O referencial do artigo foi pesquisado e estudado em plataformas online ex: Genial Care (blog online),Youtube (Ministério da saúde do Brasil(hospital Israelita Albert Eistein, site Adapte, pesquisas na cidade e conversas com uma psicóloga.