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Tendências de mercado para a safra 2024/2025 são debatidas em evento na Cotrijal

Os diferentes cenários atuais e aspectos que impactam no preço dos grãos, e consequentemente na rentabilidade do produtor rural, bem como informações e orientações sobre as movimentações de mercado foram destaque em palestra realizada na Cotrijal neste mês de julho. Com o tema “Mercado de Grãos”, o momento foi conduzido por Ismael Menezes, sócio proprietário da MD Commodities, empresa referência em estratégia de comercialização de commodities agrícolas. Associados e colaboradores da cooperativa participaram do evento.

Segundo o palestrante, com relação às tendências de mercado, a questão climática está favorável para o desenvolvimento da safra de soja nos Estados Unidos, fator que tem impactado, e baixado, as cotações de soja na Bolsa de Chicago.

“Olhando o cenário climático norte-americano, em se mantendo esse clima favorável, observamos que os Estados Unidos deve colher uma safra cheia. Isso deve continuar trazendo uma pressão muito forte sobre as cotações. A oferta para a safra 2024/2025 pode ser muito superior a qualquer aumento de demanda. Somando a safra brasileira e a norte-americana, haverá um volume muito grande de soja, o que pressionaria as cotações”, explica Menezes.

Ele complementa que a China, maior importadora mundial de soja, vem aumentando suas importações, mas muito longe do potencial de crescimento da oferta deste grão. Além disso, se a América do Sul não tiver problemas climáticos, o Brasil poderá ver um movimento muito forte de retomada da sua produção, ou seja, recuperando a quebra deste ano.

A recomendação de Ismael aos produtores rurais é para que façam uma boa gestão de riscos e aproveitem as oportunidades, tendo em vista a perspectivas de preços para a safra de soja 2024/2025. Ele aponta práticas como escalonar vendas e utilização de instrumentos de trava através de operações de troca (a exemplo dos desenvolvidos pela cooperativa), travando pelo menos o custo da produção. “Se não tiver sérios problemas climáticos, as oportunidades podem ficar cada vez mais escassas na comercialização e isso pode impactar bastante a receita do produtor”, finaliza.