Nesta segunda-feira, 10/1, a presidente da Associação dos Municípios do Alto da Serra do Botucaraí – AMASBI, Marilda Borges Corbelini, esteve participando de uma reunião promovida pela FAMURS – Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, para debater a mitigação e enfrentamento da estiagem que assola centenas de municípios gaúchos.
Na oportunidade, os presentes realizaram um debate para buscar soluções rápidas para os municípios atingidos pela estiagem. Para analisar o atual cenário no estado, a coordenadora coordena a Sala de Situação da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Catia Valente, apresentou características da estiagem e do déficit hídrico, acumulado desde janeiro de 2021, e as probabilidades de chuva e temperatura para os próximos meses.
Representando o governo do Estado, a secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, frisou o trabalho e ações da secretaria junto às entidades representativas e governo federal e detalhou as próximas atividades do programa Avançar na Agricultura. O secretário adjunto da pasta, Luiz Fernando Rodrigues Junior, aproveitou a ocasião para falar sobre a atividade de irrigação no RS e informou sobre a execução das 6 mil microaçudes, 750 poços artesianos e 750 caixas d’água previstos no programa, além de 15 a 20 conjuntos de escoamento.
Ao fim da reunião, ficou definido que a Famurs encaminhará aos governos do Estado e federal um documento contendo os pontos discutidos e sugestões apresentadas na reunião, a fim de tornar o tema uma pauta permanente.
Ao avaliar o encontro, Marilda ressalta que a reunião abordou a atual situação dos municípios em relação à estiagem, onde a perda do milho é quase que total e a da soja é em torno de 40 e 60%. “A secretária Silvana falou sobre iniciativas e programas do Governo do Estado para que os municípios possam colocar cisternas, caixas d’água e possam fazer a aquisição de maquinários para açudes”, explanou.
Ela também destaca que durante a reunião a Associação dos Agricultores expôs que o maior problema está na legislação, pois não deixa aproveitar as águas de Áreas de Preservação Permanente (APP) e de locais que possuem banhados. “Ou seja, essa água não consegue ser usada para irrigação, e isso dificulta bastante”, lembrou.
O encontro contou com a participação dos presidentes das associações regionais, Secretaria de Agricultura e Ministério da Agricultura, senadores, deputados, entidades representativas do agronegócio e, de forma virtual, os prefeitos gaúchos.